IA: a inteligência artificial irá substituir os empregos?

De acordo com a Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE), a IA vai automatizar 27% dos cargos existentes.

A presença crescente da IA em diversos setores tem reconfigurado o modo como o trabalho é executado. Tarefas repetitivas e mesmo funções complexas estão sendo assumidas por algoritmos e sistemas automatizados, o que resulta na diminuição da demanda por mão de obra em muitos segmentos. A eficiência, precisão e redução de custos associados à IA são os pilares dessa mudança. Não se restringindo a um único campo, a influência da IA se estende da indústria à prestação de serviços.

Aqueles que apoiam fortemente a integração massiva da IA argumentam que essa transição impulsiona a produtividade, eficiência e eventualmente cria novas oportunidades de emprego. Enfatizam que a automação libera os seres humanos de tarefas monótonas, permitindo-lhes focar em funções mais estratégicas e criativas. Além disso, apontam para o surgimento de novos campos de trabalho, como a manutenção e desenvolvimento de sistemas de IA.

Entretanto, críticos levantam sérias preocupações sobre as consequências negativas da substituição de trabalhadores por máquinas. O desemprego estrutural e a agudização das desigualdades sociais são preocupações iminentes. A perda de empregos para a automação pode agravar disparidades econômicas e a falta de oportunidades, a menos que medidas abrangentes de requalificação e suporte sejam implementadas.

Os parágrafos que você acabou de ler foram escritos por inteligência artificial. Essa foi a resposta do Chat GPT, uma plataforma de criação de conteúdo por IA, ao nosso pedido para ele “escrever sobre as consequências da inserção das IAs no mercado de trabalho, seguindo o estilo de escrita de um grande jornal brasileiro”.

Você teria descoberto isso se nós não lhe contássemos? Teria compartilhado essas informações sem checar as fontes? Acha possível confiar em tudo que está sendo afirmado?

Pedimos ao sistema que também incluísse dados e fontes na explicação, a resposta foi esta:

“Lamento, mas como uma IA da OpenAI, eu não tenho acesso a informações externas ou a capacidade de referenciar fontes externas específicas, já que minha base de dados se encerra em janeiro de 2022 e não tenho acesso à internet para fornecer referências atuais. No entanto, posso mencionar que a temática da substituição de trabalhadores por inteligência artificial e seus impactos têm sido amplamente discutida em diversos veículos de imprensa, pesquisas acadêmicas e relatórios de organizações internacionais, incluindo estudos do Fórum Econômico Mundial, artigos da revista Harvard Business Review, entre outros. Recomendo consultar fontes confiáveis e atualizadas para informações mais recentes sobre este tema.”

O que é a inteligência artificial?

Quando se pensa em inteligência artificial, há uma generalização do uso do termo, qualificando-o majoritariamente para tratar de plataformas como o Chat GPT. O modelo da OpenAI foi lançado há quase um ano, em novembro de 2022, no entanto, dentro do universo do Machine Learning (aprendizado de máquina) esse sistema de IA é estudado há muito mais tempo.

O estudo da inteligência artificial não é algo novo, começou nos anos 1950. O foco era o estudo de algoritmos matemáticos para simular ações humanas. Essa ideia de inteligência artificial é uma fração do Machine Learning (aprendizado de máquina), onde os algoritmos são usados para extrair conhecimento de um conjunto de dados.

A IA demorou muito para conseguir evoluir. O primeiro grande momento de desenvolvimento da área durou até os anos 1960, depois disso houve um grande hiato. Utilizando o ImageNet, um banco de dados de imagens com mais de 1000 classes diferentes, os estudiosos começaram a treinar modelos matemáticos para identificar objetos específicos em fotos desconhecidas, como por exemplo reconhecer o objeto “gato” na foto de um gato.

Esse modelo de IA utilizava um tipo de algoritmo baseado no funcionamento dos neurônios humanos. A partir disso, em 2012, o estudo passou a simular o funcionamento dos nossos olhos, em um processo conhecido como convolução. Isso permitiu que o computador não precisasse analisar todos os detalhes de um objeto para reconhecê-lo, a identificação de pequenas partes da imagem já permitia definir o que estava sendo representado.

Para aprimorar as IAs sem que elas se tornem um risco, existem diversos grupos que passam seus dias estudando essas ferramentas. Um deles é o TinyML4D, iniciado pela Universidade de Harvard com o Centro Internacional de Física Teórica de Trieste, uma organização ligada à UNESCO, do qual o engenheiro e professor Marcelo Rovai, quem nos explica melhor sobre o assunto, faz parte. Eles realizam um trabalho de estudo e desenvolvimento da inteligência artificial para levá-la a países na América Latina, África e Ásia.

Um ponto importante abordado por Rovai é a quantidade de energia necessária apenas para estabelecer prompts de comando para a IA. Atualmente, empresas como a Google, responsável pelo Bard, usam supercomputadores para manter a inteligência artificial operante. Segundo o Portal Terra, somente para o treinamento do Chat GPT foram necessárias 10.000 placas de vídeo da NVIDIA, que ao todo gastaram 1.287 megaWatt/hora, energia equivalente ao consumo anual de 121 casas.

Em 2017, a Google desenvolveu o Mobilenet, que conseguiu reduzir o tamanho dos modelos de IA, permitindo que eles funcionassem diretamente em telefones e câmeras fotográficas, gastando menos recursos gráficos para operar.

De acordo com o professor, é muito importante que haja a regulamentação da IA para garantir que as pesquisas sejam usadas visando o bem da humanidade. Entretanto, ele é contra a proibição total da inteligência artificial, pois ela já é uma realidade e, segundo ele, não faz o menor sentido impedir que ela seja usada. Para ele, o ChatGPT pode funcionar como um assistente muito eficiente para a produção de artigos e imagens.

“A evolução é inevitável, a inteligência artificial só vai tirar emprego de quem não souber operá-la”, diz.

Rovai acredita que as operações realizadas por esses modelos de I.A. ainda são muito específicas, como escrever um texto, gerar imagens ou identificar fraudes bancárias. Segundo ele, o consenso entre os profissionais do Machine Learning é de que ainda vai demorar bastante para que haja uma inteligência artificial geral, que consiga simular completamente a consciência humana, os sentimentos e o poder de raciocinar. Provavelmente, isso não ocorrerá no século XXI.

A Greve de Roteiristas

O corpo criativo americano foi atingido coletivamente pelos desafios que a área tem enfrentado na última década, o que levou à greve dos roteiristas, iniciada em julho de 2023 e com duração de quase cinco meses. A greve é resultado de uma desavença entre os sindicatos de roteiristas,  a WGA (Writers Guild of America),  e a representante dos estúdios, a AMPTP (Alliance of Motion Picture and Television Producers). Os protestos foram por salários justos, mais contratação de roteiristas e regulamentação do uso de inteligência artificial em produções audiovisuais.

Com a ascensão dos streamings, a maneira como os roteiristas trabalham mudou drasticamente. Antes, os contratos eram mais longos e eles recebiam pagamentos residuais por cada reprise de uma série ou filme e pela venda da produção a outros países.

Hoje, plataformas como Netflix, HBO e Disney+ fazem muitas séries com episódios mais curtos, para que os assinantes se mantenham sempre entretidos com as novas produções e não cancelem a assinatura, o que resulta em contratos com um tempo menor de duração, e as pessoas que trabalham produzindo esses filmes e séries só recebem um valor fixo, pois não há mais necessidade de vendas de direitos de exibição para o exterior, já que os streamings são plataformas internacionais.

Porém, outro grande problema é a utilização de inteligência artificial na produção de roteiros e para replicar imagens de atores e atrizes. A IA pode ser usada para auxiliar em partes mais mecânicas e trabalhosas no processo da escrita, como organizar a “bíblia” do roteiro (todas as informações necessárias para continuidade perfeita da história), ou até criar um roteiro inédito do zero, por mais que, na maioria das vezes, a história pareça meia bruta ou clichê.

Isso está gerando uma desvalorização do trabalho dos roteiristas e menos contratações, e os atores, que também participaram da greve, temem que suas imagens sejam usadas sem consentimento e sem a devida remuneração, e que isso prejudique o seu trabalho e o também o dos figurantes, que podem ser substituídos facilmente por imagens feitas por IA.

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Os roteiristas de Hollywood fizeram manifestações contra o uso de IA/Foto: Unsplash

Nesse período, talk shows como The Daily Show e The Tonight Show Starring Jimmy Fallon foram proibidos de ir ao ar com novos episódios, séries transmitidas na televisão ou streamings deixaram de ser atualizadas e atores não contribuíram na divulgação de suas novas produções.

Entre os acordos feitos para o encerramento da greve, foi exigido um número mínimo de roteiristas contratados dependendo do tamanho da produção e clareza quanto à utilização de inteligência artificial.

O roteirista Leonardo Costa afirma ser contra o uso de inteligência artificial e favorável às novas regras que proíbem essa aplicação, mas admite que, movido pela curiosidade, chegou a testar a ferramenta: “Ela segue uma lógica, uma estrutura, que é o que a gente observa, por bem ou por mal. Ela, hoje, não tem capacidade de substituir um roteirista. Sim, ela é capaz de escrever um roteiro. Agora, se vai ser único, criativo e  diferente? Eu vejo que no momento não.”

O roteirista ainda informa que a produção por meio de IA é limitada, pois ela não tem a capacidade de desenvolver roteiros mais complexos, que exigem uma camada mais profunda de interpretação, além de não conseguir criar sem o auxílio humano: “A inteligência artificial entrega uma leitura única dentro da perspectiva dela, a partir de um guia que você dá. Então, quanto mais específico você for, resultados mais interessantes e únicos você vai ter, então até para fazer o uso da ferramenta você precisa ter o aprofundamento.”

Ele acredita que as novas tecnologias podem significar uma ameaça para o cinema, mas indica que o público é ainda mais responsável por isso: “Se as pessoas consumirem histórias cada vez mais rasas, mais efêmeras, isso vai aproximar a inteligência artificial do que o público está buscando”. Desse modo, a valorização do profissional humano é uma questão essencial para impedir o avanço desse cenário de risco.

Leonardo não acha que, no futuro, será exigido o conhecimento em softwares ou programação por parte de profissionais audiovisuais, mas comenta que é sempre interessante ter habilidades e competências extras que possam ser aplicadas no trabalho.

Por fim, ele pinta uma imagem esperançosa em relação a continuidade do trabalho humano em produções audiovisuais, e comenta que os roteiristas ainda conseguem se sobressair: “O mais importante é você ter o que contar. Não adianta você ler todos os manuais de roteiro, entender todas as regras, formatações, toda a estrutura de um roteiro, se você não tem o que contar. Tem a parte técnica, mas também a criativa, e esta é única do ser humano, desde que você a desenvolva, e isso a inteligência artificial jamais vai superar. A criatividade vem das conexões que a gente faz por toda nossa vida.”

Inteligência artificial e direitos autorais

Em setembro de 2023, o autor da saga  “As Crônicas de gelo e fogo”, que inspirou a série da HBO Game of Thrones, George R. R. Martin, e outros autores abriram um processo contra a OpenAi, instituição que desenvolveu o ChatGPT. Eles alegam que a inteligência artificial está infringindo os direitos autorais, armazenando esses conteúdos em sua memória sem a permissão dos artistas.

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George R. R. Martin processa OpenAI/Foto: Wikimedia Commons

Para refinar sua tecnologia, as IAs estão pegando o trabalho de autores, poetas, comediantes, roteiristas e compositores sem autorização. As empresas de inteligência artificial conseguem os dados a partir de todo conteúdo disponibilizado na internet. Esses códigos juntamente com os códigos dos programadores permitem que eles copiem a mesma fórmula usada em roteiros, livros, músicas e outras obras em novas produções.

O problema é que a grande maioria desses materiais não foram liberados para uso público, livre de direitos autorais. Mas as inteligências artificiais usam mesmo assim, pois não há nada que as impeça de vasculhar as redes.

As IAs conseguem não apenas criar algo baseado em produções já existentes, como também imitar o jeito de escrever de escritores e compositores, por exemplo.

O caso está sendo administrado pela associação de escritores Author ‘s Guild. A denúncia foi realizada em um tribunal federal de Manhattan, em Nova Iorque, e dentre as acusações, o foco principal é a alegação de um “roubo sistemático em escala’’.

Em resposta, a OpenAi, diz que respeita os direitos dos autores e que eles deveriam estar se beneficiando do uso dessa tecnologia. Também  afirmou que eles estão tendo conversas produtivas com diversos produtores de conteúdo, até mesmo da Author’s Guild, no intuito de entender e solucionar as preocupações deles em relação à IA.

Apesar do tratamento aparentemente amigável da empresa, não é a primeira vez que o uso de inteligência artificial prejudica artistas. Em julho do mesmo ano, a comediante norte-americana Sarah Silverman abriu uma queixa, pois era possível pedir às plataformas de IA criarem uma piada no estilo da comediante, e elas faziam. Conseguiram imitar as piadas da comediante através do acesso às gravações de seus shows e do livro que Sarah escreveu.

Além disso, Margaret Atwood, autora do livro The Handmaid ‘s Tale (O Conto Da Aia), e Philip Pullman, autor de A Bússola De Ouro, assinaram uma carta, pedindo para que a organização recompense os escritores pelo uso de seu trabalho.

Mesmo que a empresa seja forçada a pagar os artistas, o conteúdo continuará armazenado em seu sistema, e ainda será possível imitar o trabalho, voz e imagem desses artistas. Leis de direitos autorais que contemplem as instituições de inteligência artificial ainda vão demorar para serem estabelecidas, pois é tudo muito novo.

A escritora e jornalista Gabriela Sayuri comenta suas opiniões sobre o uso de IAs na produção de conteúdos e a questão dos direitos autorais.

Em relação ao processo contra a OpenAi, ela diz: “Em nenhum momento eles foram contra o Chat GPT, mas quando ele começou a pegar o trabalho deles e replicar, aí que surgiu a ideia do processo. Eu acho justificável, porque ninguém ia querer que seu trabalho fosse roubado por um robô”.

Gabriela também chama a atenção para uma questão muito importante, principalmente nos Estados Unidos: a pirataria.

“Aqui nos Estados Unidos isso é um pouco mais sério do que no Brasil, mas para os autores independentes, como eu, pirataria é um problema enorme. A gente gasta dinheiro com publicidade, revisão, edição, tudo para ser pirateado em poucos dias. Quase não temos lucro, quando pirateiam é um tiro no nosso pé.”

Questionada sobre qual seria seu posicionamento se uma IA utilizasse parte de um texto de sua autoria, Gabriela respondeu: “É verdade que ela (IA) reúne informações para criar uma coisa ‘relativamente nova’, mas depende muito da pessoa que a está usando. Se a pessoa não copiar o que o ChatGPT forneceu, então não acho que seja plágio. Agora, se ela está roubando e usando o conteúdo, pode ser considerado plágio.”

Sobre a preocupação da substituição de artistas por máquinas, Gabriela disse: “Não posso falar sobre os outros tipos de arte, mas, no meu caso, como escritora, eu posso dizer que hoje não existe ameaça. Agora, para outros artistas, acho que a história é diferente. Vi dois casos em que grandes editoras usaram inteligência artificial para fazer capas de livros. Dava para ver claramente que foi feito por IA, e vários leitores foram reclamar. É bem triste, porque existem vários desenhistas e designers bons que poderiam estar trabalhando e entregando um produto com maior qualidade”.

“Acho que nenhuma IA vai ser capaz de produzir um texto tão bem feito como os escritores fazem”, ela diz. “Porque, como eu falei, é um trabalho danado, não é tão fácil e simples como parece. Então, todo o processo de se apaixonar pelos personagens, surtar ou chorar de raiva, quando não feito por uma pessoa, se perde. Se você não é capaz de sentir isso escrevendo, o leitor também não vai sentir.”

O argumento de que “a emoção é o que nos diferencia das máquinas” sempre foi usado para dizer que pessoas nunca poderiam ser substituídas por robôs. No livro “O Erro de Descartes” de António Damásio, é defendido que “são as emoções que nos tornam únicos, é o nosso comportamento que nos diferencia uns dos outros”.

Caixa de Pandora

Segundo Geoffrey Hinton, considerado o pioneiro da IAs, em entrevista ao New York Times, o problema das inteligências artificiais hoje é que elas superaram a mente humana. Nos anos 50, quando a inteligência artificial começou a ser desenvolvida por um pequeno grupo de cientistas nos Estados Unidos, a ideia inicial era construir uma máquina que fizesse tudo o que o cérebro humano era capaz de fazer, mas isso se provou impossível.

Então, a estratégia foi desenvolver uma “inteligência artificial simbólica”, o que consistia em pegar tudo o que conhecemos sobre o mundo e transformar em regras para alimentar essas máquinas. Porém, perceberam que coletar essa quantidade de informações seria um trabalho eterno, e que não é exatamente assim que a nossa mente funciona.

Assim, criaram as “redes neurais”, capazes de aprender assim como o ser humano, ou seja, se alimentando de informações sobre os padrões do mundo.

A função da inteligência artificial sempre foi, basicamente, ser um sistema de reconhecimento de imagens. Nos primeiros testes, eram apresentadas às máquinas várias imagens de gato, até que ela aprendesse o que um gato é a partir desses padrões, e reconhecesse o animal quando fosse apresentada novamente à figura de um gato. Os cientistas conseguiram criar o algoritmo à imagem de um cérebro, que usa os neurônios digitais para operar.

Com isso, ele diz, as IAs se alimentam com todos os textos que são disponibilizados na internet, e aprendem a escrever como humanos, como é o caso do Chat GPT. Por mais que esses sistemas não sejam tão poderosos quanto a nossa mente, eles podem fazer algo melhor: aprender muita coisa em pouco tempo.

As redes neurais conseguem aprender e distribuir informações umas para as outras em instantes, o que para os seres humanos é impossível, já que nós precisamos de um tempo maior de aprendizagem e para ensinar uns aos outros sobre diferentes temas, isso faz com que a inteligência artificial seja mais poderosa.

Geoffrey ainda fala sobre suas preocupações com o desenvolvimento das IAs, entre elas, está a alucinação dos sistemas. Ele teme que as inteligências comecem a alucinar e inventar coisas na hora em que estivermos utilizando-as, e que isso traria muita desinformação.

O cientista também diz que cada vez mais imagens, áudios e vídeos produzidos por AIs, as Deep Fakes, vão estar presentes na internet, e nós não saberemos mais identificar o que é real ou não.

Diferente do que se pensava, a inteligência artificial não é mais um risco tão grande para pessoas que trabalham com o manual (em fábricas, por exemplo), e sim para os trabalhadores que dependem essencialmente do trabalho intelectual.

Existe um grande perigo também de que, em um futuro próximo, as IAs comecem a ser usadas em armas de guerra e até na criação de “soldados robôs”, Geoffrey diz, e que isso aumentaria as eminências de guerra, pois ninguém precisaria ir mais para o campo de batalha para lutar, poderiam controlar os robôs de longas distâncias.

Ele pensa que, assim como as armas nucleares, os cientistas estão cientes de todos os riscos que a inteligência artificial pode trazer para a humanidade, mas nem por isso vão deixar de desenvolvê-la e explorá-la à potência máxima. Abrimos a Caixa de Pandora e nunca mais seremos capazes de fechá-la.

Autores: Anna Goudard, Gabriel Salim, Guilherme Centoamore, Maria Esther Cortez e Miguel Pato.

Fonte: Cásper Líbero.