O que é ser brasileiro para os docentes e discentes da melhor universidade da América Latina.
Verde e amarelo. Cores da bandeira que remetem ao império brasileiro. Orléans e Bragança são as famílias. Amarelo e verde. Onde estão os símbolos dos outros povos? O preto do jenipapo, o laranja do urucum, o próprio vermelho do pau-brasil. No início da república, muitos projetos estavam em conflito e até os dias atuais se perdura essa disputa, mas afinal, o que é ser brasileiro? Além dos estereótipos quanto ao futebol, caipirinha e sensualidade, o que mais somos? E qual é a opinião da maior faculdade da américa latina na pós-modernidade?
Praça do Relógio, Cidade Universitária – [Imagem: Arquivo pessoal/ Jean Silva]
Bruna Correia, discente da Escola de Comunicação e Artes e participante do coletivo negro de estudantes do instituto, Opá Negra, ressalta a complexidade do que é essa identidade. Para ela, os diversos fluxos migratórios que compõem a nação brasileira atrelam essa identidade a uma coisa muito mais regional e fala: “(…) tem muito isso de samba, futebol, mas isso não abarca todos os brasileiros (…) a gente tem o privilégio de viver numa das culturas mais diversas e complexas do mundo”. O discurso de Bruna pode ser visualizado por meio de uma pesquisa realizada pelo Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (IPEA), que reconhece a presença e utilização de 210 línguas no país.
A cientista social Maria Cristina Castilho Costa, docente do mesmo instituto, comenta que “A questão da identidade brasileira passa necessariamente pela questão colonial. Há uma diferença enorme entre as nações em ser uma metrópole e ser uma colônia(…) A Europa passava por um momento histórico em que se pensava na indústria, trabalho livre, metropolização, liberdade religiosa. Para cá veio o latifúndio, a escravidão, catoliscismo, ou seja, tudo aquilo que a Europa começava a rejeitar foi exportado para outros lugares (…) Então, sempre pensamos que deveríamos ser uma outra coisa, não aquilo que nós éramos. Diria, que esse aspecto, colonialismo, é um divisor de águas dentro da formação das identidades nacionais”.
O assunto pode parecer distante do presente, mas se torna recente ao falar sobre o movimento modernista no início da república. “Esse foi um momento muito importante para história do Brasil, não só para as artes, mas foi a época que conseguimos o fim da escravidão, as guerras mundias mostraram que a civilização europeia não era tão boa como se imaginava, com isso houve uma imigração massiva de, principalmente, europeus e asiáticos trazendo ideias muito revolucionárias para cá. Esses imigrantes fizeram uma “transfusão de sangue” na cultura brasileira e o modernismo resulta de tudo isso”.
A característica principal do movimento, a antropofagia cultural (a absorção de outros seres, culturas, modo de ser, para criar algo novo e homogêneo) conseguia lidar com passado, presente e futuro do país. Apesar disso, existem coisas que não podem ser absorvidas dessa forma e, ainda que importante para a construção da nossa noção de nação, ela resulta em mais complicações. Quanto a isso, a professora comenta que a própria ideia de conciliação é um problema. A antropofagia não significa uma identidade baseada na desigualdade, e a palavra identidade muitas vezes denota um caráter conciliatório e unificado de uma maneira de ser e de uma cultura, o que é complicado no país devido sua grandiosa diversidade.
A historiadora Dr. Inês Cordeiro Gouveia, docente do Instituto de Estudos Brasileiros (IEB), nos lembra ser fundamental pensar sempre em identidades:
“Diferente do que pensava-se no início do século passado, a identidade nacional é uma construção feita, elaborada, pensada, legislada, organizada, a partir das forças das sociedade, principalmente o Estado e os agentes que representam os interesses do capital(…) Ao longo do século passado, a visão vai mudando a respeito de uma única identidade, a não ser por um processo coercitivo muito profundo, ou seja, uma democracia não pode prescindir o respeito à diversidade a menos que ela não seja democracia e exerça uma força coercitiva”.
Muitos aspectos históricos e conceituais estão envolvidos nesse debate, como os próprios processos migratórios do início do século passado, porque eles refletem as mudanças de compreensão do próprio conceito de cultura e identidade. Esses últimos, após o modernismo e seu projeto antropofagia cultural, tem seus rumos alterados e promove diferentes caminhos. A especialista comenta sobre a influência de Mário Andrade, maior representante desse projeto modernista brasileiro, para o entendimento do que é patrimônio cultural nacional: “Não diria que seria um pensamento que estruture uma ideia de identidade única, talvez haja influências em certos aspectos, mas também há certa contribuição para pensar identidades e não apenas identidade.”
Na sua principal obra, Macunaíma, que é precursora de diferentes ideias de brasilidades, são apresentados muitos estereótipos pesados, associando pessoas racializadas a características pejorativas como preguiça, ganância e mau caráter. A doutora nos explica melhor o porquê disso: “Nas relações de poder das sociedades, a gente pode pensar que esse movimento de homogeneização, de apagamento das diversidades, ele é um movimento que, apesar de suas especificidades, quando pensamos em identidades diferentes, mulheres, lgbtqia+, populações indígenas, população negra, quilombolas, pessoas portadoras de deficiência, há especificidades em cada um desses contextos de violências, mas nesses processos todos também há relações de poder estabelecidas.”
Ela completa sua fala nos especificando quem é esse ser que está no topo das representações de poder. Descreve-o como um homem hetero cis branco que não é uma pessoa com deficiência não-indígena de uma classe social abastada. Apesar de ser algo tão específico, é como se fosse um tipo ideal para um sujeito na contemporaneidade. Isso só existe, evidente, como apagamento de todas as outras identidades que não tem relação com essa experiência de corpo e lugar no mundo e sociedade. Ela reflete também sobre apagamento de subjetividades, devido essa apropriação de trabalho, sexo e natureza que essa especificidade abusa. Cita também o apagamento do modo de ser de povos indígenas, protetores da floresta, como uma das principais causas para os atuais desafios climáticos do mundo.
O modo como ocorre esse apagamento é feito por diversas vias e age no inconsciente através da memória social que é trabalhada pelos agentes sociais do período histórico. Como a entrevistada é especialista no assunto, foi levantada a questão. “Ao ler e refletir sobre memória social, muita gente que estuda memória em diferentes campos de conhecimento e, especialmente se a gente pensar na perspectiva das ciências humanas, da filosofia, política, história, ciências sociais, a gente vai rapidamente compreender com diálogos entre autores e autoras que memória, memória social nesse caso, está sempre associada com poder e estruturas de poder. Com quem tem capacidade de instituir memórias e exercer um trabalho de memória. Por exemplo, nomes de rua, monumentos em praça pública, acervo de museus, jornais, etc”
Desse modo, se memória social é poder, também é sempre disputa. No século passado do Brasil, mas também de outros países, isso ficou claro com os grupos minoritários disputando cada vez mais a instituição de suas memórias. No Brasil, o movimento negro desde o início do século busca uma organização e estabelecimento de referências culturais que dão origem ao Movimento Negro Unificado fundado em 1978. O movimento indígena também, que apenas em 1988 conquistou o direito de se autodeclararem e em 2012 conseguiram a adesão do nome do seu povo no registro civil. Denota-se a proximidade temporal dessas conquistas para entender que o poder coercitivo ainda age sobre diversas corpas que possuíram suas memórias, institucionalmente, apagadas num passado recente.
Ato contra Mudanças Climáticas e Marco Temporal de 18/06/23. [Imagem: Arquivo pessoal/ Jean Silva]
Muitos outros aspectos históricos e sociais estão envolvidos na construção de uma identidade, mas, principalmente, após o início da modernidade, os aspectos econômicos precisam ser ressaltados. André Vereta Nahoum, da Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas e pesquisador professor de antropologia econômica, descreve identidade brasileira dizendo: ”É aquilo que nós todes fazemos todos os dias, nos trabalhos, escolas, apropriando-se do que está a volta, no que tem, no que entendem, daquilo que os interessam, para transformar como símbolo da própria existência coletiva. Tem algo simbólico nisso, mas é algo que cria-se todos os dias”.
Ele também destaca a centralidade das pluralidades que podem existir, já que se não é algo que nós pensamos todos os dias e organiza nossa forma de nos colocar no mundo, não tem como falar de identidade. ”Outra coisa que me vem à mente é que somos como humanidade, diversos, é difícil pensar no singular(…) Pensar nesse operador identidade é uma categoria que faz fronteira, define limites, falar o que é identidade é falar aquilo que estamos fazendo todo dia que nos diferencia(…) É claro que esse operador ativa também uma série de sentimentos coletivos(…)”.
Ele adiciona: “É difícil separar as coisas. Vivemos em 2023 e o mundo está globalizado, tem tecnologias que nos conectam e temos capacidade de saber o que acontece no outro lado do mundo. Não tem a ver com isso, não é algo de hoje. É algo que é próprio da dinâmica das coletividades, das culturas. O olhar que os outros têm sobre nós é muito importante para nós nos entendermos. Ele em certo ponto conforma o que nós achamos que somos e, por outro lado, nosso olhar sobre os outros também é importante para definir o outro. Isso é um jogo de diferença(…) Temos muitas coisas em comum, então, frequentemente, o olhar do outro vai demarcar a diferença e vai demarcar dessa forma exagerada, esteriotipada”.
O apelo ao exótico e estereótipos é muito comum nas relações humanas. Isso o tempo todo é feito para evidenciar as fronteiras. O ser humano apropria-se dos outros por meio do que é mais diferente e de versões altamente exotizadas do outro ou caricaturais e estereotipadas. Logo, o estrangeiro vai pensar o Brasil por meio desses estereótipos e dessas caricaturas. Ele dá o exemplo do Amazonas e diz que somos fortemente associados a esse bioma, a ideia de que somos gentis, afáveis. Continua falando dessas associações simplistas e diz: “Todo mundo sabe dançar samba. Vai pro bar tomar cerveja, dançar samba e jogar futebol e isso no geral, mas em espaços diferentes também aparecem estereótipos mais negativos, como temas relacionados à violência e a corrupção que são assuntos sempre associados(…)”
Ao analisar os estudos que são financiados sobre brasileiros e se perguntar que tipo de estudo é financiado no exterior sobre o Brasil, essas associações ficam ainda mais evidentes. Quando olha-se para o centro de estudos latino-americanos, principalmente o centro de estudos brasilianistas fora do Brasil, os problemas estudados que são pensados como “problemas brasileiros” são a corrupção, violência e informalidade. Ele expressa: “É claro que quando olhamos para nós mesmos percebemos as diferentes nuances dessas diversidades, mas também nos valemos desse olhar do outro para nos definir(…) Além disso, sobre a antropofagia, também faz parte da dinâmica cultural essa forma com que absorvemos o outro”.
Consegue-se reparar influências dessas formas de pensar em todos os âmbitos do país, principalmente quanto a essas associações externas que são dentro do país relacionadas a grupos racializados. “Todo regime de racialização é um regime de estratificação. Ele vai dispor certos grupos de acordo com características de aparências em uma hierarquia. Logo, esse processo muda conforme o local em que você está. Na Europa, ou Estados Unidos, quem é branco no Brasil não é necessariamente lido como branco nesses lugares. Em diferentes sociedades, isso vai ser extremamente relacional e haverá uma estratificação própria em cada uma em que é amparada por um discurso oficial, por um projeto oficial de identidade que não só naturaliza as diferenças, como também dificulta lutas por direitos”.
Cidade de São Paulo vista antes da descida do P3 – Cidade Universitária. [Imagem: Arquivo pessoal/ Jean Silva]
Justamente quanto ao projeto brasileiro, tem-se a criação de um conjunto de direitos que são dados aos trabalhadores no regime de Getúlio Vargas como um dos elementos centrais para seu estabelecimento. Nessa época não existia RG ou CPF. Apenas o trabalhador formal, ou seja, o que possui carteira assinada, era considerado cidadão. Até 1988, todos os direitos eram ligados ao registro formal em carteira. A saúde não era universal. Tinha institutos que prestavam serviços de saúde gratuitos ligados aos ramos profissionais. Isso calcou em um elemento forte nesse projeto de identidade homogênea. O especialista afirma: “Existe muita pesquisa em diferentes períodos históricos que mostram o quanto isso era importante para a concepção de dignidade que as pessoas tinham no Brasil”.
Sobre essa particularidade, ele explica: “Essa ideia da carteira assinada permaneceu nos brasileiros e brasileiras, porque não só era a forma mais desejada de ocupação, como também a maior parte nunca teve carteira assinada. A informalidade, ela é parte do mercado de trabalho do Brasil urbano. Por outro lado, percebemos que a nova geração tem uma ideia frouxa com o trabalho subordinado. Trabalho formal é um trabalho subordinado. Isso desloca o papel que o trabalho tinha na identidade nacional, tudo isso enfraquece muito. A desindustrialização, a desestruturação produtiva, tudo isso contribui muito, até porque o emprego formal não é mais tão bom, o que enfraquece mecanismos de representação coletiva galgados na figura do trabalhador”.
A ditadura de Vargas é motivo de muitas memórias com diferentes afetações na sociedade brasileira por conta de suas concessões a pessoas mais pobres, mas também por seu projeto excludente de país. Galgado na figura de defesa em prol do trabalhador, as ações tomadas para incentivar a imigração massiva de população europeia para o Brasil com a justificativa de embranquecimento populacional é algo pouco em luz no imaginário social dos brasileiros. Assim, entra o questionamento: o cidadão de Vargas era um imigrante europeu branco ou um típico brasileiro mestiço, ou melhor, era uma pessoa branca, indígena ou preta?
As relações feitas esclarecem muito do cenário sócio-político atual e a relação deste com os diversos conflitos em prol de uma identidade nacional. O próprio colonialismo e as disputas por terra permanecem desde lá até a contemporaneidade. Para maior esclarecimento da temática, o Doutor em Geografia Humana, Jaime Tadeu Oliva, do Instituto de Estudos Brasileiro (IEB) inicia nos explicando a origem do próprio instituto: “ Ele foi fundado há 60 anos justamente para criar uma área de conhecimento de estudos brasileiros que se inspirava nas universidades americanas, no que chamam de “American Studies”, ou seja, estudos americanos(…) Na justificativa, uma das questões frequentes era estudar e decifrar o que é a identidade nacional, assim como nos estudos americanos entender quem é o americano, para nós estadunidenses(…) Mas estudos brasileiros no Brasil não desenvolveu nem adquiriu esse sentido”.
Essa diferença pode ser observada por meio do curso americano na Universidade da Carolina do Norte que continua focando numa identidade singular, enquanto o curso de pós-graduação do IEB chama-se “Culturas e identidades brasileiras”. Desse modo, o professor pontua: “A ideia de identidade nacional brasileira tem como pressuposto que as identidades individuais têm como elemento determinante, ou fundamental, a dimensão nacional. O fato de termos nascido no Brasil, de estarmos em uma atmosfera que só existe aqui, porque aqui é uma realidade específica e isso estaria presente de maneira significativa na formação da identidade individual de cada um(…) Só que a identidade de cada um de nós é múltipla.”
O professor ainda chama atenção para a complexidade desse elemento “brasileiro” na nossa personalidade e clarifica: “É muito difícil de definir, porque isso varia de lugares para lugares. Um dos exemplos notórios é que o movimento político atual que chamamos de “conservadores” faz questão de apropriar-se dos símbolos nacionais e dizer-se mais brasileiros que os outros brasileiros e o restante, os que não fazem questão dessa apropriação, costumam chamá-los de maneira debochada de “patriotas”. Logo, nada é simples, mas não nego que nesse país que estamos exista uma coisa chamada Brasil e coisas que compõem a nossa cultura”.
Ao adentrar mais no assunto e dialogar sobre a forma específica que o esse conservadorismo age, nos admite que: “Eles dizem quase que quem tem a sua identidade de pátria que é o verdadeiro brasileiro, porque é uma nação cristã, entre outros fatores históricos, na qual quem é dissidente disso não honra o país. Seria melhor que ficasse fora. O que estão dizendo sem saber, alguns até mesmo sabendo, é algo excludente com mais 60/70% da nação. Exclui toda a diversidade. Existe uma exclusão regional, pois essa é mais centrada no sul e sudeste, não exclusivamente, e tende a diminuir, considerar inferior ou atrasado onde não tem essa identificação tão forte(..)
Para concluir, discursa sobre a impossibilidade de termos uma identidade de nação homogênea e que essa não seria positiva para o desenvolvimento do país. ”Esses setores conservadores não admitem um Brasil que tenha multiplicidades de oportunidades, formas de ser, de se viver e de se oferecer oportunidades econômicas. Mas defender a reforma agrária, demarcação de terras indígenas e quilombolas, além de outras demandas, é defender que tenhamos uma identidade nacional mais múltipla e que contemple as necessidades diferentes que uma nação democrática exige”. Essas disputas do conservadorismo com outros segmentos sociais é sempre um dos maiores entraves para o progresso, como podemos ver em diversos países pelo mundo.
Bruno Carmo, estudante da Faculdade de Economia, Administração, Contabilidade e Atuária da USP e integrante do LALA, uma rede de formação de líderes na américa latina, diz: “O Brasil é um conjunto de sentimentos proveniente de experiências que estão incrustadas na nossa história e na maneira que a gente se formou. Um desses sentimentos que eu acho crucial é o jeitinho brasileiro do Sérgio Buarque de Hollanda. Aquela confusão dentro do núcleo familiar patriarcal brasileiro entre o público e o privado, onde o núcleo familiar se estendia pras instituições e essa confusão contínua entre o público e o privado se alastra pelas nossas vidas, pelas organizações e instituições”.
Outro ponto importante que é levantado pelo aluno é a sensação de sempre vivermos no país do futuro, que não parece apresentar uma perspectiva de chegada. Essa concepção é presente desde a chegada da Europa ao Novo Mundo e perdurou até os tempos recentes. “Sempre temos essa noção que o Brasil vai atingir todos os potenciais com o os riquezas naturais, patrimônio histórico, cultural, com a ciência produzida aqui, mas sempre tem essa sensação de que nunca estamos dando o passo necessário para atingir o ponto que a gente almeja”, adiciona Carmo.
Pôr do sol em frente a Odontologia – Cidade Universitária. [Imagem: Arquivo pessoal/ Jean Silva]
Entende-se, portanto, que o país é, na verdade, expresso para além dessas representações, seja a da bandeira, os nomes das ruas, as estátuas de torturadores, escravocratas, reis, príncipes e genocidas. Apenas certo projeto Brasil das elites, do conservadorismo, pode ser resumido como esse lugar opressor. Ainda assim, esse território, que é chamado de Pindorama pelos povos originários, é lugar de resistência e é expresso nas vozes das pessoas dessa terra. Uma dessas é Milton Santos, cantor baiano que Bruno lembra que canta sobre um outro modelo de desenvolvimento, outro modelo de globalização, como nesse futuro que tanto parece não chegar.
Autor: Jean Silva.
Fonte: Jornalismo Júnior/USP.