Medida Provisória nº746/2016, de autoria da Presidência da República: “Restringe a obrigatoriedade do ensino da arte e da educação física à educação infantil e ao ensino fundamental […] Dá autonomia aos sistemas de ensino para definir a organização das áreas de conhecimento, as competências, habilidades e expectativas de aprendizagem definidas na BNCC”.
Na manhã do dia 19 de abril de 2023, a Av. Paulista foi tomada por estudantes que exigiam aos gritos: “Revoga a reforma ou paramos o Brasil!” A tal reforma, imposta sem debate com a sociedade civil por meio de medida provisória do então presidente Michel Temer, é mais um passo no projeto de desmonte da educação pública no país. As mudanças da reforma foram suspensas, mas a luta dos estudantes continua rumo à sua revogação completa.
“Nas ruas, nas praças, quem disse que sumiu? Aqui está presente o movimento estudantil!” Ecoava, enquanto as bandeiras da União Nacional dos Estudantes (UNE), da União Paulista dos Estudantes Secundaristas (UPES), e da União Brasileira dos Estudantes Secundaristas (UBES) tremulavam pelos céus de São Paulo, levadas por estudantes em frente à marcha.
Junto aos movimentos estudantis, as juventudes partidárias se fizeram presentes contra a reforma. Ao fundo da manifestação, organizados em um bloco que permanecia entre as viaturas da polícia militar e a massa de estudantes, a União da Juventude Comunista pintava as ruas de vermelho com bandeiras da organização e faixas com dizeres de ordem.
Presente também estavam os soldados da Polícia Militar, que rondavam os estudantes. Acompanhados de viaturas, motocicletas e caveirões, a PM acompanhou de perto a marcha dos manifestantes, cercando-os pela esquerda e pela direita, encaminhando-os pela frente e os mantendo em caminhada por trás.
Autor: Gabriel Alves.
Fonte: Jornalismo Júnior/USP.